O Governo quer Calar a Voz dos Professores,
A sociedade NÃO vai Permitir!
Nós, professores, somos a única categoria profissional que está em contato direto com você, pai e mãe, e com você, aluno, durante 200 dias letivos, todos os anos. Mas o governo do Estado de São Paulo quer calar a nossa voz. Quer Cassar o nosso direito de lutar por melhores salários e condições de vida, para podermos oferecer um ensino de melhor qualidade aos nossos alunos.
Estamos em GREVE. Mas, antes, insistimos muito para sermos ouvidos quanto ás nossas reinvindicações salariais e profissionais. Fomos ignorados.
Como trabalhadores e cidadãos, temos necessidades que precisam ser supridas pelos nossos salários. Mas, como isto é possível se, em São Paulo, se pagam um dos piores salários do Brasil, menores que em estados como Amazonas, Acre, Maranhão, Mato Grosso do Sul e outros?
Por mais que sejam necessários investimentos na infra-estrutura das escolas - e estes têm sido insulficientes - , se não forem atendidas as necessidades das pessoas que nela estudam e trabalham, o processo educativo não atingirá seus objetivos.
Recebemos salários muito baixos. Senhores pais, os professores PEB I, que alfabetizam seus filhos e ministram aulas nos primeiros quatro anos do ensino fundamental, recebem R$ 7,58 por hora-aula. Para melhorar seu salário eles têm que trabalhar mais de 64 horas-aulas por semana.
Além disto, convivemos com situações de violência nas escolas e temos péssimas condições de trabalho.
Apesar deste quadro, o governo não abre negociação, nem faz uma contraproposta á nossa reinvindicação salarial. O governo só admite reajuste para até 20% de todos os professores, se passarem em uma prova. Ou seja, 80% da rede estadual de ensino não terá nenhuma melhoria.
Em greve, estamos sendo vítimas de muitas pressões e desmandos. Mas não vamos recuar, porque nossa luta é justa e temos recebido muitas manifestações de apoio. Quanto mais apoio obtivermos, mais rapidamente serão criadas condições para que o governo negocie conosco e a greve possa se encerrar.
Não adianta o governo dizer que é só 1% de paralisação. Todos veêm as escolas paradas ou esvaziadas pela greve fomos mais de 40 mil profissionais da educação na assembleia do dia 12 de março na Avenida Paulista, quando decidimos continuar paralisados.
Precisamos do apoio de todos e todas. Nossa retribuição á sociedade virá com mais qualidade de ensino nas escolas estaduais.
Diretoria da APEOESP
Sindicato Dos Professores Do Ensino Oficial Do Estado De São Paulo.
Conselho Estadual de Representantes/
Comando de Greve