Eis que chegam à hora de assumir os problemas e enfrentar a vida. O mais engraçado, é que há poucos anos atrás, o fato de crescer, ser “gente grande”, e assumir grandes responsabilidades era empolgante, animava-me saber que um dia seria ADULTO, como minha mãe e minhas tias. Hoje, depois de ter de enfrentar o começo das minhas responsabilidades, o mundo dos adultos de fato não me agrada mais. “Nós” crianças, vivemos em um mundo próprio, um mundo de utopias. Inocentes, alegres, espontâneos, e com uma única preocupação, qual será nosso divertimento no inicio do dia seguinte.
Isso, até quando crescemos, e ai tudo muda, as pessoas já não são mais as mesmas, o mundo passa a olhar diferente pra você, um olhar mais severo, como se estivesse exigindo algo de você. Você, por si só, não é mais o mesmo, deixa toda aquela espontaneidade de lado, e passa a seguir o que a sociedade diz pra você que é certo.
Deixa de ser inocente, pois o mundo é dos “espertos”, e precisa ficar atento. As pessoas lhe dizem como tem que ser sua aparência para que você seja considerada bonita. Diz, que tem que seguir todas as regras se quiser ser considerado uma pessoa normal, perante os olhos da sociedade. Julga-te, o tempo inteiro, e de mãos atadas sem saber o que fazer, abaixa a cabeça e aceitamos todos os julgamentos ainda que nós não concordemos com o que dizem. Somos todos consumistas, individualistas, preconceituosos e destruidores do nosso próprio mundo. Todos dizem que vamos ter que estudar para ter um bom emprego, ganhar bem e poder satisfazer todos os nossos desejos consumistas, e assim transformamos anos de estudo, em belas mansões, grandes e confortáveis carros, viagens aos quatro cantos do mundo, e assim por diante. Enquanto na verdade, o aprendizado não se resume apenas em “ter dinheiro pra gastar” e sim, no conhecer o mundo, na compreensão da vida, de nossa própria existência. Aprender e descobrir os mistérios da vida. Muitos chegam ao mundo, vivem de acordo com as regras impostas da sociedade, cumprem o que acham certo, e esperam até que a morte chegue. E depois de sua morte, o mundo, continuará mundo, sem nenhuma alteração, e não teremos feito si quer alguma diferença.